Category Archives: Recortes de Imprensa

Ponte das Barcas: o que resiste 200 anos depois?

Há 200 anos, a ameaça das tropas napoleónicas precipitou a maior tragédia da história do Porto. Hoje em dia, restam manifestações de religiosidade popular nas “Alminhas”.

Comemora-se este fim-de-semana – com direito a presença do presidente da República e às cerimónias de protocolo – aquele que é um dos episódios mais marcantes da história da cidade do Porto. Para os que não conhecem a história da Ponte das Barcas, fica uma primeira achega. Foi numa quarta-feira “negra”, a 29 de Março de 1809, durante as segundas invasões francesas, que se instalou o pânico no Porto, levando militares e civis a fugir pela Ponte das Barcas, que acabaria por ceder e colapsar nas águas do rio Douro.

Não se sabe ao certo quantos pereceram neste episódio fatídico. No entanto, há relatos de que tenham morrido afogadas cerca de quatro mil pessoas, incluindo mulheres e crianças. O historiador do Porto Germano Silva assevera que foi a “maior catástrofe que houve no Porto desde sempre”. O facto de terem morrido centenas de inocentes, pessoas que apenas queriam fugir à guerra, deixou uma marca trágica na memória da cidade. “Uma mortandade muito grande”, descreve Germano Silva.

Sob o comando do marechal Soult, as tropas de Napoleão entram na cidade. Germano Silva, afirma que “as defesas eram muito frágeis”. Convicção corroborada por Júlio Couto, que relata ao JPN que “a defesa do Porto tinha sido perfeitamente inócua”.

O Bispo do Porto, D. António de S. José e Castro, que na altura representava a autoridade, assumindo o cargo de comandante militar da defesa da cidade, partiu no dia 28 para a serra do Pilar. Abençoou as tropas e disse que por uma razão de estratégia ia para o outro lado do rio. Germano Silva acredita que se tenha apenas escudado lá, “para salvar a pele”. Da mesma opinião é Júlio Couto, que caracteriza o bispo como “inepto” a dirigir.

Uma história com várias versões

Dois séculos depois, existem diferentes opiniões sobre a razão do desastre. Diz-se que a ponte não terá aguentado a pressão da multidão e que se desfez. Júlio Couto defende exactamente esta versão. O pânico foi tal que quando os franceses chegaram à ribeira já boiavam centenas de corpos no rio Douro.

Por outro lado, há relatos de que alguém teria aberto um alçapão na ponte, para impedir que os franceses a atravessassem. Sérgio Veludo, docente na Escola Superior de Educação do IPP e especialista em história militar, considera esta versão mais plausível, pelo menos a nível militar. Assim, poderiam ter sido “os sapadores militares portugueses” a retirar “pranchões da ponte para impedir a passagem das tropas francesas para o sul do Douro”, para obstruir o avanço do inimigo.

Independentemente da versão mais acertada, a verdade é que algo mudou no Porto que viu ruir a Ponte das Barcas. ” Teve características fortemente traumáticas para os portuenses”, realça Sérgio Veludo, sobre o dia em que a Invicta deixou de o ser.

De facto histórico a “piedade popular”

A zona da ribeira do Porto é conhecida pela sua tradição religiosa. As “Alminhas da Ponte”, o baixo-relevo em bronze de Teixeira Lopes (pai), em memória dos que morreram no desastre da Ponte das Barcas, é ainda um local de culto para alguns portuenses. O historiador Germano Silva conta que a obra manteve uma recordação emotiva das pessoas que morreram no desastre.

Porém, hoje em dia, e como explica Júlio Couto, com o passar do tempo, as “Alminhas da Ponte” tornaram-se “um facto de piedade popular” e passaram a ser “veneradas como intercessoras junto de Deus”.

“O imaginário popular não tem limite”, declara o historiador do Porto. Opinião partilhada por Júlio Couto: “as pessoas têm a necessidade de um imaginário, a necessidade de que alguém as guie”. Uma simples manifestação de religiosidade popular que 200 anos depois ainda sobrevive, juntamente com a memória da Ponte das Barcas.

Originalmente publicado no JPN

Porto: da noite para o dia

Porto na Rotas & Destinos, por Miguel Somsen. Vale a pena ler!

Dia Mundial da Poesia assinalado em Lisboa com poema gigante

O dia mundial da poesia, que se assinala a 21 de Março, será celebrado na Baixa de Lisboa com um poema gigante escrito numa tela de 150 metros.

A iniciativa conta com a participação de poetas como Inês Pedrosa, Maria Andresen, Eduardo Pitta, Fernando Pinto do Amaral, Manuel Alegre e Nuno Júdice.

Promover e celebrar a poesia levando-a ao «comum do cidadão» é um dos objectivos desta iniciativa promovida pela ACV – Associação Cidadania Viva, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e o projecto LEM (Lisboa Encruzilhada de Mundos).

Segundo a organização, a iniciativa parte de uma ideia do poeta espanhol Miguel Angel Arenas e o poema gigante será escrito numa tela de 150 metros que vai estar estendida na Rua Augusta entre as 12:00 e as 17:00 e na qual todas as pessoas interessadas poderão acrescentar um verso da sua autoria.

O Dia Mundial da Poesia foi instituído pela UNESCO, organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

Diário Digital / Lusa

Pet Shop Boys editam tema inspirado em brasileiro morto por engano pela polícia londrina

Londres, 17 Mar (Lusa) – Os ingleses Pet Shop Boys escreveram uma canção sobre o jovem brasileiro Jean Charles de Menezes, falecido em 2005 no metropolitano de Londres vítima de um erro da polícia britânica que o tomou por um terrorista suicida.

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A canção, intitulada “We`re All Criminals Now”, faz parte do single “Love etc”, primeiro avanço para o novo álbum do duo, intitulado “Yes”, a editar na próxima segunda-feira.

Neil Tennant e Chris Lowe, membros dos Pet Shop Boys, cantam sobre a morte de Menezes no metropolitano de Londres, atravessado pelas balas disparadas à queima-roupa pela polícia, e expressam o temor pela crescente erosão das liberdades civis no país por culpa da guerra anti-terrorista.

“O título da canção e a própria música resumem a forma como este governo trata os cidadãos do Reino Unido. Estamos todos submetidos a continua vigilância e somos tratados como potencialmente culpados, como se fossêmos cometer algum crime”, explica Tennant, citado pelo diário “Evening Standard”.

“Yes”, 17º álbum dos Pet Shop Boys, conta com as participações especiais de Johnny Marr, ex-guitarrista dos The Smiths, Owen Pallett, responsável pelo projecto Final Fantasy e que já trabalhou com bandas como os Arcade Fire, e do grupo de produtores Xenomania (Girls Aloud, Sugababes), co-responsável pela produção de três temas do disco.

Maria Teresa Horta lança livro que reúne a sua obra poética

Maria Teresa Horta, que começou a publicar poesia em 1960 e nela abordou sobretudo o erotismo, vai lançar na terça-feira um livro que colige a sua obra poética.

“Poesia Reunida” é o título do volume, com 850 páginas, que abrange toda a poesia publicada desde “Espelho Inicial”, de 1960, até “Inquietude”, editado em 2007.

“Penso que já merecia este livro há bastante tempo porque tenho quarenta e tal anos de poesia publicada”, disse a escritora, sublinhando que não se trata de uma antologia, porque isso implicaria uma escolha de poemas e aqui os livros estão tal como saíram.

Além das obras já publicadas, “Poesia Reunida” inclui um inédito em livro, Feiticeiras, uma cantata musicada pelo compositor António Chagas Rosa e que ganhou um prémio Victoire de la Musique, em França, em 2007.

Na sua opinião, o livro, editado pela Dom Quixote, podia ter surgido há dois ou três anos. “Mas eu não gosto muito de publicar, gosto muito de escrever, escrevo todos os dias, mas publicar é mais complicado porque escrevo de uma maneira muito exposta”, acrescentou.

Em “Poesia Reunida” são abordados temas como o erotismo e a intervenção social, constantes na obra de Maria Teresa Horta. “É um livro muito comovente para mim, é um testemunho meu, tem tudo a ver comigo”, disse, sublinhando também que grande parte da sua obra está esgotada. “A minha palavra é corpo e a minha poesia é uma poesia do corpo”, referiu a escritora, adiantando que a poesia erótica é das coisas mais evidentes na sua obra.

A luta pela liberdade, a desobediência e a luta contra os estereótipos são outros temas presentes na obra da poetisa, que explicou que prefere esta designação à de “poeta” e critica os que vêem na palavra no feminino um valor menor.

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa em 1937, estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tornou-se uma das vozes mais sonantes do feminismo em Portugal.

Com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, escreveu “As Novas Cartas Portugesas”, uma obra que seria publicada no início da década de 70 e proibida pelo regime.

Como jornalista, publicou textos em jornais como “República”, “Diário de Lisboa”, “Diário Popular”, “O Século”, “Diário de Notícias”, “A Capital” e “Jornal de Letras”, tendo sido também chefe de redacção da revista “Mulheres”.

Na entrevista à Lusa, afirmou que nunca se sentiu tão criativa como agora. “Nunca tive tantos projectos, nunca tive tanta vontade de escrever, nunca escrevi tanto como agora”, asseverou a escritora, considerando que é “um bocado contraditória” a sensação de ver a obra reunida e ter ainda tantos planos.

Maria Teresa Horta vai publicar dentro de pouco tempo um novo livro de poesia e também está a acabar um romance sobre a marquesa de Alorna, que deverá sair em Outubro ou Novembro.

“Olho para este livro e acho que é um livro muito grande, mas ao mesmo tempo penso que provavelmente é o melhor de mim e é tão pouco”, disse, repetindo que escreve todos os dias e tem um prazer muito grande em escrever.

O livro, que tem prefácio da professora de literatura Maria João Reynaud, será apresentado terça-feira na Casa Fernando Pessoa.

Fonte: Público

Banda punk rock adere à campanha `Eu não sou cúmplice`, da UMAR

Porto, 04 Mar (Lusa) – A nova banda punk rock portuguesa Frágil and the Alcoholic Friends associou-se à campanha em curso pelo fim da violência contra as mulheres, dedicando a este tema o concerto de estreia, marcado para 13 de Março, no Porto.

“Este projecto, que integra elementos de várias bandas punk rock do Porto, associa-se à campanha `Eu não sou cúmplice` e vai cantar o fim da violência contra as mulheres”, revelou hoje aquela banda portuense, num comunicado enviado à Lusa.

O concerto, que terá lugar no Porto Rio [uma embarcação ancorada nas margens do Douro junto aos estaleiros do Ouro], tem início marcado para as 22:00 e contará ainda com a participação da banda Cabeça de Martelo.

A campanha `Eu não sou cúmplice` é uma iniciativa da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), que visa apelar a um compromisso dos homens contra a violência sobre as mulheres.

Esta campanha, com a duração de um ano, inclui a realização de várias iniciativas de sensibilização, contando ainda com uma petição na Internet, que já recolheu 1.403 assinaturas.

A iniciativa da UMAR decorre numa altura em que os dados disponíveis indicam que a violência doméstica provocou mais de três dezenas de mortes em 2008.

Em meados de Janeiro, a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, revelou que foram registados em Portugal cerca de 132 mil casos de violência doméstica nos últimos três anos, mas admitiu que estes números apenas correspondem a “30 por cento da realidade”.

Apesar de apenas reflectirem um terço da realidade, estes dados indicam que existem cerca de meia centena de vítimas por dia e duas por hora.

FR.

Bandas lideradas por mulheres em noite de rock no Porto

Porto, 03 Mar (Lusa) – Três bandas de rock lideradas por mulheres vocalistas vão actuar sábado no bar Pinup, no Porto, no evento “Girls rock it better”, anunciou hoje a produtora Bigdog.

Kandia, do Porto, The Sticks & Stones & The Broken Bones, também do Porto, e Mind Overflow, do Barreiro, foram as bandas escolhidas para o evento, marcado para a véspera do Dia Internacional da Mulher.

“A encabeçar o cartaz do evento estará Kandia, que se tem assumido como uma das bandas revelação deste ano de 2009 e que se encontram em fase de promoção do EP de estreia ‘Light'”, refere a produtora.

Os Kandia, palavra que significa cegando pela luz, em crioulo de Cabo Verde, foram formados em Novembro de 2007 pelo guitarrista A.C., músico de rock progressivo que trabalhou com Miguel Santos em “Broken Hourglass”, e Nya, vocalista e letrista da banda de rock gótico Love Lies Eternal.

“Esta será uma das oportunidades únicas de constatar o porquê de a música dos Kandia angariar opiniões unanimemente entusiastas um pouco por todo o lado, antes da banda entrar novamente em estúdio para iniciar as gravações do primeiro álbum, ‘Inward Beauty|Outward Reflection'”, salienta a Bigdog.

FZ.

Lusa/Fim

Jornais da Controlinveste em greve amanhã

Os trabalhadores dos jornais da Controlinveste – “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo” – vão estar em greve na quarta-feira para contestar a falta de abertura negocial do grupo relativamente à decisão de despedir mais de cem colaboradores.

Apenas no “24 Horas” – de onde foram dispensados 12 trabalhadores – permanece a incógnita sobre se haverá ou não greve, uma decisão que ainda não foi tomada, segundo explicação de João Garcia, do Conselho de Redacção do jornal.

No “JN” “a expectativa de adesão é francamente positiva”, afirma o delegado sindical Paulo Silva. Este jornal, com sede no Porto, passou a contar com menos 66 dos seus 123 trabalhadores na sequência do despedimento colectivo anunciado pela empresa no início do ano.

Quanto à motivação para esta paralisação, o jornalista esclarecea que se prende mais com a falta de vontade negocial do grupo: “Se a administração tivesse dado o mais pequeno sinal que fosse, a greve teria sido imediatamente desconvocada”.

No jornal “O Jogo” “a redacção está muito solidária”, conta Mónica Santos, delegada sindical deste desportivo que dispensou 17 colaboradores, acrescentando, contudo, que “só amanhã se perceberá a verdadeira adesão das pessoas”.

Para Hélder Robalo, delegado sindical do “Diário de Notícias” do Porto, de onde foram dispensados 14 colaboradores, é fundamental “mostrar uma decisão firme”.

Em Lisboa, alguns trabalhadores deste jornal vão interpor uma providência cautelar contra o despedimento colectivo, assim como houve quem recorresse a advogados particulares.

O pré-aviso de greve foi apresentado a 20 de Fevereiro pelos trabalhadores, que solicitaram ainda a intervenção no caso do Presidente da Republica, primeiro-ministro, grupos parlamentares, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Provedor da Justiça, Ministérios do Trabalho, da Economia e dos Assuntos Parlamentares, e comissões de Trabalho, de Economia e de Ética, Sociedade e Cultura.

Os trabalhadores começaram a receber as cartas de despedimento na quarta-feira da semana passada.

Fonte: Expresso

Novo jornal diário chama-se “i” e foi apresentado aos colaboradores

O novo jornal diário que será lançado pela Sojormedia até ao Verão vai chamar-se “i”, avançou hoje a administração e direcção durante uma apresentação feita a todos os trabalhadores.

Entre hoje e quarta-feira, os cerca de setenta jornalistas que formam a redacção do “i” estão a receber formação para ficarem a saber tudo sobre o jornal em que começam a trabalhar na próxima segunda-feira, dia em que ocupam os lugares na redacção.

“A partir de dia 09 vamos começar a trabalhar com um ritmo incrível para pormos no ar um novo projecto de comunicação social”, garantiu hoje o director do “i”, Martim Avillez Figueiredo, aos seus colaboradores.

O “i” fica instalado em mais de 1.300 metros quadrados, divididos em dois pisos, num dos edifícios do Tagus Park, em Oeiras.

Na redacção serão instalados 16 ecrãs de televisão, para que “não escape uma história” à equipa que prepara diariamente o jornal.

No rés-do-chão, onde estarão montadas as secretárias e uma sala de reuniões, haverá também um estúdio de gravação e imagem.

Segundo o director do “i”, cada jornalista receberá um kit composto por um telemóvel (que captará imagens e sons), um tripé e um microfone, “para que cada um produza imagens onde quer que esteja e quando considerar que pode ser uma mais valia”.

No mesmo espaço, sem divisórias, estarão dispostas as mesas dos redactores, editores e directores do jornal, para que a informação flua mais facilmente entre todos.

Numa das paredes será colocado um painel que muda de cor ao longo do dia, assinalando os vários períodos de fecho do jornal e as necessidades de actualização do site.

O andar de cima, um espaço “lounge”, servirá para “descomprimir do ritmo do andar de baixo”.

Quanto ao nome do jornal, “não há nenhuma razão especial” que explique a escolha, “a não ser a convicção de que uma marca é o que fez dela”.

“Vamos fazer um grande produto e isso vai transformar o ‘i’ numa grande marca”, afirmou.

Martim Avillez Figueiredo fez questão de sublinhar que o “i” “não é um jornal ou um site, mas uma marca de informação”.

Entre a equipa do “i” encontram-se jornalistas como Ana Sá Lopes, que foi sub-editora de política do Diário de Notícias, Pedro Rolo Duarte, fundador do suplemento DNA, Enrique Pinto Coelho, ex-correspondente da SIC em Madrid, Alexandre Pereira, antigo chefe de redacção de A Bola, e Francisco Camacho, editor-executivo da Sábado, entre outros.

Da equipa fazem também parte um grupo de cerca de quinze jornalistas estagiários recrutados através de candidaturas realizadas exclusivamente pela Internet.

Fonte: Público

Placebo no Alive!

A banda de Brian Molko tem regresso marcado a Portugal no dia 10 de Julho. O concerto faz parte do cartaz do Festival Alive! Os Placebo vêm apresentar as músicas do novo álbum, cuja edição está prevista para Junho próximo.

Para já, estão confirmados também para o Alive!’09 os Metallica, Dave Matthews Band, Lamb of God, Mastodon e Slipknot.

Os bilhetes já estão à venda. Custam 50 euros para 1 dia e 90 euros para os 3 dias.

O Festival Alive! volta a realizar-se no Passeio Marítimo de Algés, nos dias 9, 10 e 11 de Julho.

Fonte: Antena 3