Category Archives: Jornalismo

Porto: da noite para o dia

Porto na Rotas & Destinos, por Miguel Somsen. Vale a pena ler!

Este vídeo pode ferir algumas susceptibilidades

Maria Teresa Horta lança livro que reúne a sua obra poética

Maria Teresa Horta, que começou a publicar poesia em 1960 e nela abordou sobretudo o erotismo, vai lançar na terça-feira um livro que colige a sua obra poética.

“Poesia Reunida” é o título do volume, com 850 páginas, que abrange toda a poesia publicada desde “Espelho Inicial”, de 1960, até “Inquietude”, editado em 2007.

“Penso que já merecia este livro há bastante tempo porque tenho quarenta e tal anos de poesia publicada”, disse a escritora, sublinhando que não se trata de uma antologia, porque isso implicaria uma escolha de poemas e aqui os livros estão tal como saíram.

Além das obras já publicadas, “Poesia Reunida” inclui um inédito em livro, Feiticeiras, uma cantata musicada pelo compositor António Chagas Rosa e que ganhou um prémio Victoire de la Musique, em França, em 2007.

Na sua opinião, o livro, editado pela Dom Quixote, podia ter surgido há dois ou três anos. “Mas eu não gosto muito de publicar, gosto muito de escrever, escrevo todos os dias, mas publicar é mais complicado porque escrevo de uma maneira muito exposta”, acrescentou.

Em “Poesia Reunida” são abordados temas como o erotismo e a intervenção social, constantes na obra de Maria Teresa Horta. “É um livro muito comovente para mim, é um testemunho meu, tem tudo a ver comigo”, disse, sublinhando também que grande parte da sua obra está esgotada. “A minha palavra é corpo e a minha poesia é uma poesia do corpo”, referiu a escritora, adiantando que a poesia erótica é das coisas mais evidentes na sua obra.

A luta pela liberdade, a desobediência e a luta contra os estereótipos são outros temas presentes na obra da poetisa, que explicou que prefere esta designação à de “poeta” e critica os que vêem na palavra no feminino um valor menor.

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa em 1937, estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tornou-se uma das vozes mais sonantes do feminismo em Portugal.

Com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, escreveu “As Novas Cartas Portugesas”, uma obra que seria publicada no início da década de 70 e proibida pelo regime.

Como jornalista, publicou textos em jornais como “República”, “Diário de Lisboa”, “Diário Popular”, “O Século”, “Diário de Notícias”, “A Capital” e “Jornal de Letras”, tendo sido também chefe de redacção da revista “Mulheres”.

Na entrevista à Lusa, afirmou que nunca se sentiu tão criativa como agora. “Nunca tive tantos projectos, nunca tive tanta vontade de escrever, nunca escrevi tanto como agora”, asseverou a escritora, considerando que é “um bocado contraditória” a sensação de ver a obra reunida e ter ainda tantos planos.

Maria Teresa Horta vai publicar dentro de pouco tempo um novo livro de poesia e também está a acabar um romance sobre a marquesa de Alorna, que deverá sair em Outubro ou Novembro.

“Olho para este livro e acho que é um livro muito grande, mas ao mesmo tempo penso que provavelmente é o melhor de mim e é tão pouco”, disse, repetindo que escreve todos os dias e tem um prazer muito grande em escrever.

O livro, que tem prefácio da professora de literatura Maria João Reynaud, será apresentado terça-feira na Casa Fernando Pessoa.

Fonte: Público

Jornais da Controlinveste em greve amanhã

Os trabalhadores dos jornais da Controlinveste – “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo” – vão estar em greve na quarta-feira para contestar a falta de abertura negocial do grupo relativamente à decisão de despedir mais de cem colaboradores.

Apenas no “24 Horas” – de onde foram dispensados 12 trabalhadores – permanece a incógnita sobre se haverá ou não greve, uma decisão que ainda não foi tomada, segundo explicação de João Garcia, do Conselho de Redacção do jornal.

No “JN” “a expectativa de adesão é francamente positiva”, afirma o delegado sindical Paulo Silva. Este jornal, com sede no Porto, passou a contar com menos 66 dos seus 123 trabalhadores na sequência do despedimento colectivo anunciado pela empresa no início do ano.

Quanto à motivação para esta paralisação, o jornalista esclarecea que se prende mais com a falta de vontade negocial do grupo: “Se a administração tivesse dado o mais pequeno sinal que fosse, a greve teria sido imediatamente desconvocada”.

No jornal “O Jogo” “a redacção está muito solidária”, conta Mónica Santos, delegada sindical deste desportivo que dispensou 17 colaboradores, acrescentando, contudo, que “só amanhã se perceberá a verdadeira adesão das pessoas”.

Para Hélder Robalo, delegado sindical do “Diário de Notícias” do Porto, de onde foram dispensados 14 colaboradores, é fundamental “mostrar uma decisão firme”.

Em Lisboa, alguns trabalhadores deste jornal vão interpor uma providência cautelar contra o despedimento colectivo, assim como houve quem recorresse a advogados particulares.

O pré-aviso de greve foi apresentado a 20 de Fevereiro pelos trabalhadores, que solicitaram ainda a intervenção no caso do Presidente da Republica, primeiro-ministro, grupos parlamentares, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Provedor da Justiça, Ministérios do Trabalho, da Economia e dos Assuntos Parlamentares, e comissões de Trabalho, de Economia e de Ética, Sociedade e Cultura.

Os trabalhadores começaram a receber as cartas de despedimento na quarta-feira da semana passada.

Fonte: Expresso

Novo jornal diário chama-se “i” e foi apresentado aos colaboradores

O novo jornal diário que será lançado pela Sojormedia até ao Verão vai chamar-se “i”, avançou hoje a administração e direcção durante uma apresentação feita a todos os trabalhadores.

Entre hoje e quarta-feira, os cerca de setenta jornalistas que formam a redacção do “i” estão a receber formação para ficarem a saber tudo sobre o jornal em que começam a trabalhar na próxima segunda-feira, dia em que ocupam os lugares na redacção.

“A partir de dia 09 vamos começar a trabalhar com um ritmo incrível para pormos no ar um novo projecto de comunicação social”, garantiu hoje o director do “i”, Martim Avillez Figueiredo, aos seus colaboradores.

O “i” fica instalado em mais de 1.300 metros quadrados, divididos em dois pisos, num dos edifícios do Tagus Park, em Oeiras.

Na redacção serão instalados 16 ecrãs de televisão, para que “não escape uma história” à equipa que prepara diariamente o jornal.

No rés-do-chão, onde estarão montadas as secretárias e uma sala de reuniões, haverá também um estúdio de gravação e imagem.

Segundo o director do “i”, cada jornalista receberá um kit composto por um telemóvel (que captará imagens e sons), um tripé e um microfone, “para que cada um produza imagens onde quer que esteja e quando considerar que pode ser uma mais valia”.

No mesmo espaço, sem divisórias, estarão dispostas as mesas dos redactores, editores e directores do jornal, para que a informação flua mais facilmente entre todos.

Numa das paredes será colocado um painel que muda de cor ao longo do dia, assinalando os vários períodos de fecho do jornal e as necessidades de actualização do site.

O andar de cima, um espaço “lounge”, servirá para “descomprimir do ritmo do andar de baixo”.

Quanto ao nome do jornal, “não há nenhuma razão especial” que explique a escolha, “a não ser a convicção de que uma marca é o que fez dela”.

“Vamos fazer um grande produto e isso vai transformar o ‘i’ numa grande marca”, afirmou.

Martim Avillez Figueiredo fez questão de sublinhar que o “i” “não é um jornal ou um site, mas uma marca de informação”.

Entre a equipa do “i” encontram-se jornalistas como Ana Sá Lopes, que foi sub-editora de política do Diário de Notícias, Pedro Rolo Duarte, fundador do suplemento DNA, Enrique Pinto Coelho, ex-correspondente da SIC em Madrid, Alexandre Pereira, antigo chefe de redacção de A Bola, e Francisco Camacho, editor-executivo da Sábado, entre outros.

Da equipa fazem também parte um grupo de cerca de quinze jornalistas estagiários recrutados através de candidaturas realizadas exclusivamente pela Internet.

Fonte: Público